Código Limpo - Capitulo 1

Código Limpo

 

Código Limpo: Capítulo 1

Aqui começa a primeira postagem sobre o lendário livro Código Limpo, de Robert C. Martin. Vou compartilhar com você as minhas impressões de cada capítulo dessa grande obra. Espero que, juntos, possamos descobrir por que este livro é tão poderoso e influente, e como ele pode nos ajudar a nos tornarmos profissionais melhores e mais completos.

Início

Quando estamos aprendendo a programar, em nossa primeira linguagem, não nos preocupamos tanto com a estrutura do código ou se, um dia, precisaremos modificá-lo. Apenas o fato de não apresentarmos erros ou de conseguirmos lembrar como fazer um for aninhado já é uma grande vitória!

Desenvolvedores profissionais precisam ir além e, logo, começamos a nos preocupar com aspectos como legibilidade, testes, refatoração, e a criação de um código que não seja apenas funcional, mas também sofisticado e limpo.

Com o passar dos estudos ou mesmo da prática profissional, para aqueles que já atuam na área, começamos a perceber a beleza do quebra-cabeça que é um sistema. Por mais simples que seja, logo entendemos que o que achávamos eficiente é, na verdade, um emaranhado de linhas confusas, que depois de uma semana já não sabemos mais para que serve nem como funciona:
Só eu e Deus sabíamos, agora só Deus.

Robert afirma que saber reconhecer um belo quadro não significa saber criar um, e esse é o grande desafio do desenvolvedor: aprender a criar um código limpo.

O Que é Código Limpo?

Martin traz a opinião de alguns dos grandes nomes da programação para responder a essa pergunta.

Bjarne Stroustrup, criador do C++, resume de forma simples:
Código limpo faz apenas uma coisa.

Um código ruim faz coisas demais, o que obviamente deixa tudo mais confuso. Você já deve ter olhado para o seu próprio código pelo menos uma vez e pensado: "O que isso está fazendo?"

Dave Thomas diz:
Ele tem testes unitários, nomes significativos e poucas dependências. O código deve ser inteligível.

Testar o código é essencial para garantir que ele funcione corretamente e de maneira eficiente. Nomes significativos tornam o código mais fácil de entender, enquanto a redução de dependências facilita a refatoração.

Michael Feathers acrescenta:
Um código limpo sempre parece que foi escrito por alguém que se importava.

Preocupar-se com os detalhes torna o código simples e organizado, e isso é um dos objetivos de se ter um código limpo.

Ron Jeffries é direto:
Sem duplicação de código.

Repetição de código é ruim. Não há discussão sobre isso. Se você está duplicando código, há um problema sério na sua implementação.

Ward Cunningham fecha o conceito de forma brilhante:
Um código limpo faz parecer que a linguagem foi feita para o problema.

Isso encerra a discussão sobre qual a melhor linguagem e coloca a responsabilidade do código limpo sobre o programador. A linguagem é apenas uma ferramenta; cabe a você utilizá-la da melhor forma possível para resolver o problema.

Robert C. Martin
Então, O Que um Código Limpo Precisa Ter?

  • Nomes significativos
  • Fazer bem apenas uma coisa
  • Poucas dependências
  • Sem duplicação
  • Ser de fácil leitura
  • Ter testes unitários

Mas como alcançar esses princípios? É isso que pretendo descobrir nos próximos capítulos. Espero que você também aprenda junto comigo. Será um prazer tê-lo como companhia nessa jornada. Até o próximo capítulo!

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