Cloud Finops - Capítulo 1 - O que é FinOps?

Cloud FinOps - 2° Edição

Aqui começa mais uma série de postagens sobre livros, desta vez, sobre o excelente Cloud FinOps - 2ª Edição: Tomada de decisões colaborativas em tempo real sobre o valor da nuvem de J.R. Storment e Mike Fuller. Este é um livro que traz informações valiosas tanto para os mais familiarizados com o tema quanto para os iniciantes.

A primeira vez que ouvi falar de FinOps foi no início de 2024, em uma aula preparatória para a certificação de AWS Practitioner, da Campinho Digital. Desde então, venho buscando entender melhor o que é FinOps, para que serve e como aplicá-lo no dia a dia profissional. E nada melhor do que um livro da própria FinOps Foundation para isso. Então, vamos lá: o que é FinOps?

Esse é, inclusive, o título do primeiro capítulo.

 O que é FinOps?

Primeiramente, é importante que você compreenda que FinOps está relacionado à cloud e às finanças — ou seja, computação em nuvem e dinheiro. Servidor, como sabemos, não dá em árvore. A computação em nuvem, embora tenha muitas vantagens, se não for bem gerida, pode acarretar em custos elevados que podem colocar em risco a vida de uma organização.

Atualmente, diversas organizações estão migrando para a nuvem, muitas vezes sem estarem totalmente preparadas. A forma tradicional de gerenciamento de infraestrutura não é a mais adequada para controlar custos nesse ambiente. É aí que entra o FinOps.

De forma direta, FinOps é uma prática cultural que coloca a responsabilidade pelos custos da nuvem nos ombros de todos na organização. Uma equipe centralizada é responsável por orientar as outras equipes, permitindo que elas trabalhem de maneira eficiente na entrega de novos produtos, com controle financeiro e um alto grau de previsibilidade de custos.

FinOps busca otimização

Para que isso ocorra, FinOps precisa de três grandes elos funcionando em parceria:

• Relatórios em tempo real
• Processos just-in-Time
• Equipes trabalhando juntas

Relatórios em tempo real geram impacto imediato, pois os dados ficam disponíveis para as equipes buscarem otimizações.

Processos just-in-Time permitem que essas otimizações ocorram por meio, por exemplo, de Provisionamento Sob Demanda e Escalabilidade Flexível.

Equipes trabalhando juntas não são novidade para nenhuma organização de sucesso. Finanças e Engenharia precisam estar alinhadas com o mesmo objetivo: otimizar custos sem comprometer a qualidade dos produtos.

Para que os três elos funcionem corretamente, existem 6 princípios que toda organização precisa adotar para uma prática de FinOps bem-sucedida:

1. As equipes precisam colaborar
2. Decisões são tomadas com base no valor comercial da nuvem
3. Todos se responsabilizam pelo uso da nuvem
4. Os relatórios FinOps devem ser acessíveis e oportunos
5. Uma equipe centralizada conduz o FinOps
6. Aproveite o modelo de custo variável

Nos próximos posts, vamos abordar cada princípio de forma mais aprofundada. Mas, por enquanto, é importante entender que FinOps não trata apenas de corte de gastos, e sim de otimização. Quanto mais cedo esses princípios forem adotados, mais rápido os resultados aparecerão.

O início

O primeiro passo para isso é, sem dúvida, a visibilidade dos gastos. Com esses dados, decisões mais eficientes podem ser tomadas, utilizando métricas como as métricas econômicas unitárias. Essa abordagem permite medir gastos de acordo com o produto de negócios.

Por exemplo, para atender X clientes, utilizo Y de recursos, o que gera W de custo. Com esses dados, também é possível prever gastos futuros. Se isso não é um benefício, não sei o que mais poderia ser!

Agora que vimos uma breve introdução sobre o que é FinOps, nos próximos capítulos vamos explorar mais os benefícios e os cuidados necessários para evitar práticas que possam atrapalhar bons resultados.

Obrigado por me acompanhar até aqui. Espero que possamos seguir juntos nesse novo horizonte de possibilidades da nuvem.

Ah, se quiser saber mais sobre FinOps, indico o site da Fundação. Eles têm diversos conteúdos de qualidade: www.finops.org